Em meio ao temor de uma nova disparada de preço dos alimentos como consequência da guerra, o presidente russo prometeu abastecer países da África com milhares de toneladas de grãos.

(Imagem: Reuters | Reprodução)

A “boa ação” é, na verdade, um esforço do líder para demonstrar ao mundo que tem aliados, apesar do isolamento do Ocidente e da tensão devido ao fim do acordo de exportações pelo Mar Negro, que impacta a África.

Contexto: Esse pacto permitia que os grãos ucranianos bloqueados pela guerra fossem exportados com segurança. Porém, ainda neste mês, a Rússia suspendeu sua participação no acordo.

Por que isso é relevante?

Só pra ter ideia, em um ano, o acordo possibilitou o transporte de quase 33 milhões de toneladas de cereais dos portos ucranianos, principalmente milho e trigo, o que ajudou a evitar o risco de desabastecimento.

Com o fim do pacto, o FMI estima que o preço global dos alimentos deve subir de 10% a 15% e os países da África serão os mais afetados, já que dependem dessa importação de grãos da Ucrânia.

Repercussão 🗣

De um lado, o Ocidente acusa Putin de usar os alimentos como arma no conflito do Leste Europeu. Inclusive, essas críticas foram reforçadas pelo secretário de Estados dos EUA.

Do outro, Putin chama essas acusações de hipócritas, afirmando que 70% dos grãos ucranianos foram exportados para países de renda alta ou acima da média global, inclusive na União Europeia.

 

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