A prefeita de Campos dos Goytacazes e mulher de Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho, criticou nesta quinta-feira (17) a prisão do marido. As declarações foram dadas em entrevista à Rádio Gaúcha.

Garotinho foi preso pela Polícia Feredal por suspeita de envolvimento com um esquema de compra de votos em Campos dos Goytacazes. Rosinha afirma que a prisão se deu porque o ex-governador está denunciando “muita gente grande”. Segundo Rosinha, “tem muita coisa ainda que vai explodir”.

“Isso tudo é retaliação porque ele entregou na PGR um documento com mais de mil folhas com provas contra o ex-governador Sérgio Cabral, contra Pezão, contra o presidente da Alerj, o ex-presidente da Alerj e outras pessoas de outros poderes que ele denunciou, tudo com provas”, disse na entrevista, sem apresentar provas.

Rosinha afirmou que “tem muita coisa ainda que vai explodir. A República está caindo”, acrescentando que o casal teria uma audiência na semana que vem. “Muita coisa vai aparecer. Pessoas que já estão inclusive na delação de Cavendish”, completou.

A prefeita de Campos afirmou que a prisão de Garotinho aconteceu por conta do programa social Cheque Cidadão e que não houve roubo.

“O Garotinho foi preso não por roubo, não por enriquecimento ilícito. É por alimentar o povo pobre. É diferente do Cabral. É diferente de outras pessoas que serão presas porque estão envolvidas na Lava Jato”, disse. Rosinha negou que Garotinho tivesse relação com compra de votos, afirmando que ele não foi candidato nas Eleições 2016.

“O nosso candidato em Campos perdeu a eleição. E aí ele [Garotinho] é acusado de compra de votos de  Cheque Cidadão, de um programa que nós temos há muito tempo. Diferente do Sérgio Cabral, que foi preso hoje, diferente de outras pessoas que foram presas porque estão nas delações da Lava Jato do Brasil”.

Rosinha também criticou as investigações e a postura da Polícia Federal no caso. “Eles estão fazendo uma investigação, mas que não tem uma prova concreta até hoje. Não tem prova. O povo de Campos que acompanha isso tudo não tem uma coisa concreta até hoje. Não tem nada. […] Eles prendem as pessoas, ou por condução coercitiva. Aí chega lá, se as pessoas não fizerem o depoimento que eles querem, eles são presos por cinco dias, renovado por mais cinco dias, podendo levar a preventiva. Tem gente que mudou quatro vezes de depoimento”.

 

 

*Transcrito de Portal G1